Esse cheirinho de “terra molhada” se dá por causa de uma substância química
chamada de geosmina,
palavra grega que significa “aroma da terra”. Essa substância é produzida pela
bactéria Streptomyces coelicolor,
uma bactéria inofensiva que vive em quase todos os tipos de solo. Quando em
contato com a água, a geosmina se ativa, liberando o cheirinho de
terra molhada. A
geosmina também está presente na beterraba e nos peixes, e é a responsável por
introduzir nesses alimentos o cheiro e o gosto de barro.
Essas bactérias são muito
pesquisadas por cientistas, sendo empregadas na composição de vários
antibióticos utilizados na medicina humana e veterinária. Essa bactéria também
está presente em inúmeros produtos que utilizamos diariamente.
No deserto, os camelos conseguem
encontrar água graças ao cheiro que essas bactérias exalam. Liberando esse
cheiro, as bactérias atraem os camelos, que, ao beberem a água, saem espalhando
seus esporos para outros lugares. Os esporos são estruturas produzidas pelas
bactérias que permitem que se reproduzam em outros locais.
Mas os camelos não são os únicos a serem atraídos pelo cheiro de “terra molhada”, lombrigas e insetos também o são. Pesquisadores acreditam que algumas plantas possuem flores que exalam a geosmina e, por causa disso, os insetos e as lombrigas são atraídos pelo cheiro, pensando que naquela flor há água – ajudando, dessa forma, na polinização delas.
Mas os camelos não são os únicos a serem atraídos pelo cheiro de “terra molhada”, lombrigas e insetos também o são. Pesquisadores acreditam que algumas plantas possuem flores que exalam a geosmina e, por causa disso, os insetos e as lombrigas são atraídos pelo cheiro, pensando que naquela flor há água – ajudando, dessa forma, na polinização delas.
Marco
Antonio Urgal Montanha
Departamento
de Química da UFJF
Instituto de Ciências Exatas
Universidade Federal de Juiz de
Fora – MG
Orientadora: Prof. Dra Ivoni de
Freitas Reis
Bolsista da Capes