26 de agosto de 2013

Cientista ou Chefe Gastronômico? - Gastronomia Molecular

Olá Pessoal!

            O post de hoje, é para aqueles que assim como eu adoram se aventurar na cozinha, preparando delícias culinárias, ou se você é daqueles que espera só a hora de saborear, tenho certeza, também irá querer arriscar-se!
Cozinhar é uma arte que acompanha a humanidade não é de hoje. E pra falar de um assunto tão “gostoso” e que desperta sensações tão prazerosas em nós, decidi contar para vocês um pouquinho sobre como a ciência vem inovando cada vez mais a forma como podemos prepara os alimentos, através da gastronomia molecular.
            Uma experiência gastronômica que aguça os cinco sentidos à mesa. A mistura de aromas, sabores e texturas, estimulam os sentidos proporcionando um verdadeiro deleite na arte de se comer bem. E mais: tudo isso de forma saudável.
             Preparações culinárias possuem uma imaginação artística misturada com uma porção de tradição e empirismo que agrega uma pitada de ciência.
          

 Em 1980, Hervé This, químico francês, começou a tentar compreender os fenômenos que ocorrem quando se cozinha. Em 1988, N. Kurti e H. This iniciaram um olhar conjunto às panelas.
          



  A gastronomia molecular é o ramo da ciência dos alimentos, que estuda a culinária a nível doméstico ou de restaurante. Diferencia-se das ciências alimentares tradicionais por o seu objeto de estudo serem as preparações em pequena escala, e não as industriais.
              A utilização da ciência na cozinha possibilitou um  progresso  na criação concepção dos pratos, com  o uso de novas tecnologias e um maior conhecimento sobre os fenômenos físico-químicos relativos a preparação de alimentos.
            Através da inovação em termos de tecnologia, o Chef passa a ter liberdade à criatividade no sentido de preparo como de apresentação dos pratos.
            Dentre as técnicas mais utilizadas temos: os hidrocolóides, conhecidos como gomas, que tem por finalidade dar textura aos alimentos, ou seja, engrossar, emulsificar e produzir espuma. Estes podem ser encontrados em produtos naturais bem conhecidos como algas marinhas, sementes, raízes, seiva de árvores e cascas de fruta e industrialmente os conhecemos como agar agar, goma gelana, goma xantana, lecitína de soja e goma guar respectivamente.
            Um exemplo é a goma xantana, aumenta a viscosidade do liquido, deixando os elementos em suspensão.

             Para quem gosta da culinária japonesa, temos o alginato de sódio, trata-se de um sal orgânico, que é um tipo fibra, extraído de algas marrons de mares e oceanos frios. 
           


 Os bolinhos do oriente, decorados com espuma de shoyo, preparados a partir da lecitina de soja.
            


         Temos ainda o caviar de manga!


E o papel feito de beterraba!

            




           Além disso tudo, podemos cozinhar (cocção) os alimentos em baixas temperaturas ( cerca de 60 a 95°C) sem perder grandes quantidades dos seus valores nutricionais, mantendo suas propriedades originais, como maciez e umidade.
     Segundo uma pesquisa publicada pelo jornal “THE AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION”, indicam que  métodos que usam baixas temperaturas tem sido estudados como auxiliares nos tratamentos de hipertensos, diabéticos e pacientes renais.
Os chefes vem buscando também insumos orgânicos para o preparo de seus pratos,
           
 E não podíamos de deixar de falar, o quanto a cor contribui para apresentação de um prato não é mesmo?! E para isso os chefes lançam mão do usos de flores e vegetais desidratados a baixas temperaturas, mantendo o aspecto original e garantindo um prazo de validade maior, ou seja podem ser armazenados por mais tempo.
            
Alguns grandes chefes de cozinha que trabalham com a gastronomia molecular em seus restaurantes são:
            Heston Blumenthal, Restaurante The Fat Duck Cozinha com nitrogênio líquido.
            


          Alex Atala, Usa a técnica de cocção à vácuo  no Restaurante DOM e Dalva e Dito em SP.
            



                   

René Redzepi, tem grande influência com a natureza e produtos de origem local.


          


 Muito, bem acho que é isso, pra quem se interessou deixo algumas referências aqui em baixo, e quem sabe este assunto não despertou em você novas ideias e desejos de descobrir coisas novas na vida, na culinária e na ciência!?!
 Saiba a gastronomia acontece de forma cíclica! E para ser um chefe cientista basta querer descobrir!!

   Também, indico o vídeo abaixo hospedado no site:
Que mostra como essa é uma área que vem ganhando espaço!!! 

Até o próximo post!
Priscilla L. Cerqueira
Referências:

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