Os corantes são usados pelo homem desde os tempos mais
primórdios. São encontradas pinturas
em cavernas que podem ter mais de 4000 anos. Os egípcios decoravam o interior
dos palácios com pinturas e até mesmo usavam maquiagens de pigmentos extraídos
da natureza. Durante algum tempo algumas cores, como o vermelho, foram símbolos
da realeza. O corante que dava essa cor era de difícil extração e muito caro,
por isso apenas as pessoas de maior poder aquisitivo poderiam usá-la.
O tempo passou e a procura por novas cores e a
curiosidade do homem fez com que ele buscasse novos corantes de mais fácil acesso.
Surgiram assim os corantes
sintéticos. William Henry Perkin foi o primeiro a sintetizar um corante,
e em pouco tempo sua fábrica já produzia outros corantes sintéticos. O
mais utilizado hoje em dia é o Índigo, corante que dá cor ao jeans, sintetizado
pela primeira vez em 1880.
Mas o que faz com que esses compostos específicos
tenham cor, enquanto outros são incolores?
Esses compostos possuem a característica de
absorver radiação na faixa da luz
visível. Nossos olhos conseguem
detectar uma faixa de radiação que vai de 400 à 700 nanômetros. Cada cor está
relacionada com um comprimento de onda específico.
Alguns compostos orgânicos podem absorver radiação
nesses comprimentos de onda de cada cor. O que deve ser feito na pesquisa em
novos corantes é procurar uma maneira de sintetizar compostos que possam
facilmente absorver radiação. Compostos com essa característica geralmente
possuem anéis aromáticos.
Corantes
têxteis são compostos orgânicos cuja
finalidade é dar cor às fibras sob condições de processos preestabelecidos.
Eles impregnam as fibras e podem reagir com o material durante o processo de
tingimento. Para cada tipo de fibra existe uma determinada categoria de
corante. Para as fibras celulósicas, como o algodão, são aplicados os corantes
reativos, diretos, azóicos e sulfurosos. São fatores decisivos para a seleção
do corante as características técnicas que se quer atingir, como, por exemplo,
resistência à luz, à fricção e ao suor.
O tecido é tratado com uma solução da molécula de
acoplamento e depois mergulhado em uma solução de sal de diazônio. Esses dois
irão reagir e formarão o corante direto no tecido. Geralmente os corantes
produzidos por esse método são derivados da anilina.
Corantes são usados principalmente na
indústria têxtil, mas também nas indústrias de artefatos de couro, papel,
alimentos, cosméticos, tintas e plásticos. Dentre os corantes, os derivados de
anilina são empregadas para colorir tecidos, madeiras e outros produtos. Elas
são retidas no material por adsorção, dissolução, retenção mecânica ou por
ligações químicas iônicas ou covalentes.
Referências:
Flávia Ribas de Brito