1 de julho de 2013

Corantes Têxteis

Os corantes são usados pelo homem desde os tempos mais primórdios. São encontradas pinturas em cavernas que podem ter mais de 4000 anos. Os egípcios decoravam o interior dos palácios com pinturas e até mesmo usavam maquiagens de pigmentos extraídos da natureza. Durante algum tempo algumas cores, como o vermelho, foram símbolos da realeza. O corante que dava essa cor era de difícil extração e muito caro, por isso apenas as pessoas de maior poder aquisitivo poderiam usá-la.
O tempo passou e a procura por novas cores e a curiosidade do homem fez com que ele buscasse novos corantes de mais fácil acesso. Surgiram assim os corantes sintéticos. William Henry Perkin foi o primeiro a sintetizar um corante, e em pouco tempo sua fábrica já produzia outros corantes sintéticos. O mais utilizado hoje em dia é o Índigo, corante que dá cor ao jeans, sintetizado pela primeira vez em 1880.


Mas o que faz com que esses compostos específicos tenham cor, enquanto outros são incolores?

Esses compostos possuem a característica de absorver radiação na faixa da luz visível. Nossos olhos conseguem detectar uma faixa de radiação que vai de 400 à 700 nanômetros. Cada cor está relacionada com um comprimento de onda específico.
Alguns compostos orgânicos podem absorver radiação nesses comprimentos de onda de cada cor. O que deve ser feito na pesquisa em novos corantes é procurar uma maneira de sintetizar compostos que possam facilmente absorver radiação. Compostos com essa característica geralmente possuem anéis aromáticos.
Corantes têxteis são compostos orgânicos cuja finalidade é dar cor às fibras sob condições de processos preestabelecidos. Eles impregnam as fibras e podem reagir com o material durante o processo de tingimento. Para cada tipo de fibra existe uma determinada categoria de corante. Para as fibras celulósicas, como o algodão, são aplicados os corantes reativos, diretos, azóicos e sulfurosos. São fatores decisivos para a seleção do corante as características técnicas que se quer atingir, como, por exemplo, resistência à luz, à fricção e ao suor.
O tecido é tratado com uma solução da molécula de acoplamento e depois mergulhado em uma solução de sal de diazônio. Esses dois irão reagir e formarão o corante direto no tecido. Geralmente os corantes produzidos por esse método são derivados da anilina.
Corantes são usados principalmente na indústria têxtil, mas também nas indústrias de artefatos de couro, papel, alimentos, cosméticos, tintas e plásticos. Dentre os corantes, os derivados de anilina são empregadas para colorir tecidos, madeiras e outros produtos. Elas são retidas no material por adsorção, dissolução, retenção mecânica ou por ligações químicas iônicas ou covalentes.

Referências:



Flávia Ribas de Brito

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